Tem antecedentes
distantes no neo-impressionismo e no futurismo e mais próximos em
Josef Albers, que defendia para a arte "menos expressão e mais
visualização". A op art (optical art/arte ótica), apesar do rigor com
que é construída, simboliza um mundo precário e instável, que se
modifica a cada instante. Um crítico referiu-se assim à op art: "Now-you-see-it-now-you-don't".
O termo "obra aberta"
foi igualmente aplicável à op art por Vinca Mazini, significando "uma
arte suscetível de mutações de seus elementos com possibilidade de
configurações diversas, limitadas pelas modificações recíprocas dos
elementos e do espectador". Dois grupos de Munique, o Effekt (Walter
Zehringer, Dieter Hacker, Karl Reinharz e Helge Simmerock) e o Nota (Van
Graevenitz, Gottard Muller e Zehringer), integram a op art, cuja
primeira exposição abrangente é realizada em 1961 no Stedelijk Museum,
de Amsterdã, com o título Bewogen Beweging (Movimento
Agitado). Porém, o mais completo panorama da op art e da arte cinética
teve lugar em Paris, em 1967, com a mostra Luz e Movimento, organizada
por Frank Popper.
Pode-se falar igualmente de Arte Programada, título de
uma exposição organizada por Bruno Munari em 1962, em Milão, ou de uma
Arte Combinatória, como explica Moles: "De um lado temos um número
restrito de elementos formais demoradamente pesquisados e por isso
mesmo simples e de fácil percepção. De outro lado, a maneira de
estruturá-los. Ou seja, a combinação de elementos deverá resultar em
uma estrutura na qual se reconheçam, ao mesmo tempo, cada elemento e
sua relação". Artistas mais destacados: Victor Vasarely, Yaacov Agam,
Kuwayama Tadasky, François Morellet, Bridget Riley e Richard Joseph
Anuszkiewicz. No Brasil: Ivan Serpa, Lothar Charoux e Israel Pedrosa.
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