A mostra inaugural da arte conceptual é realizada em
Berna, em 1969, com o título Live in Your Head - When Attitudes
Become Form, e reúne conceitos, processos, situações, informações
e documentos. No catálogo da mostra, Grégorie Muller afirma que "o
artista não tem mais razão de se sentir limitado por uma matéria,
forma, dimensão ou lugar. A noção de obra pode ser substituída por
algo cuja única utilidade é significar".
Duas outras
exposições confirmam a nova tendência: Conceptual Art - No Object,
no Museu de Leverkusen, em 1969, que só existiu como e no
catálogo, este encarado como conteúdo e suporte da mostra, e
Information - Summer 70, no Museum of Modern Art de Nova
York, com presença de brasileiros. Com a mostra de Leverkusen, Rolf
Wedewer afirma que "o anteprojeto apresentado como forma final indica
não somente ao artista, mas também ao observador, uma nova atitude.
O
artista dá uma indicação, e o observador se vê impulsionado a
reflectir e a imaginar". A arte conceptual comenta-se a si própria, é
arte sobre arte. Trata-se de um artesanato mental ou, como escreveu Abraham Moles, "o artista não luta mais com a matéria, mas com a
ideia. Não faz mais obras, propõe ideias para fazer obras".
É,
portanto, arte paravisual: o que acaba é a estrutura representativa. A
arte conceptual exige a participação mental do espectador. Artistas
mais destacados: Johh Baldessari (1931), Mel Bochner (1940), Joseph
Kosuth (1945), On Kawara (1933), Shusaku Arakawa (1936), Bernar Venet
(1941), Daniel Buren (1938), Dan Graham (1942), Iain Baxter (1936),
Hanne Darbowen e Marcel Broodthaers (1924-1976). No Brasil:
Antonio Dias (1944),
Cildo Meireles (1948),
Waltercio Caldas (1946) e
Artur Barrio (1945).
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