Trata-se de um estilo artístico
baseado no reprocessamento de imagens populares e de consumo.
Surgiu a partir do final dos anos 50,
principalmente na Inglaterra e Estados Unidos (Londres e Nova York
eram seus principais centros) e recebeu esse nome pelo crítico
Lawrence Alloway.
A princípio, o movimento parecia centrar-se
numa provocação e rompimento radical com as belas-artes. À medida que
novos artistas começam a utilizar-se do estilo, parece começar a haver
uma compreensão maior de seus objectivos de exploração dos potenciais
da arte gráfica comercial, principalmente notado no trabalho de Andy
Warhol.
WARHOL (Andrew WARHOLA, dito Andy), artista plástico
norte-americano (Pittsburgh, 1929 - Nova York, 1987), um dos
fundadores da arte pop.
Richard Hamilton definiu as imagens vinculadas
nos meios de comunicação de massa, base de inspiração da arte pop,
como "populares, transitórias, consumíveis, produzidas em massa,
jovens, em escala empresarial, de baixos custos, humorísticas, sexy,
ardilosas e glamourosas".
Hamilton, responsável por obras como "O que
torna os lares de hoje tão diferentes, tão atraentes?", acabou por
imprimir à arte pop uma base intelectual.
Nos Estados Unidos, os trabalhos de Jasper
Johns ("Bandeira sobre Branco" com
colagem) e Robert Rauschenberg (colagens, combinações com garrafas
de coca-colas e quadros como "Cama") tiveram bastante influência sobre
os artistas pop.
JOHNS (Jasper), pintor e escultor norte-americano
estilo pop (Allendale, 1930). Celebrizou-se pintando
bandeiras e latas de cerveja, que obtiveram grande êxito em mostras
internacionais de arte, embora seu estilo seja muito contestado.
RAUSCHENBERG (Robert), pintor e gravador
norte-americano (Port Arthur, Texas, 1925). Fez a ligação entre o
expressionismo abstracto e a pop art. Gozou de notável
popularidade nos anos 60, mas suas obras têm perdido força.
Interessa-se pelas relações entre a arte e a tecnologia.
Andy Warhol, em obras como o silkscreen
"Marilyn‘, seu uso de fotografias, cédulas de dólares, imagens de Mona
Lisa ou o presidente Mao, é considerado um dos principais expoentes da
arte pop americana (e talvez o artista símbolo da arte pop).
Na escultura pop americana, Claes Oldenburg e
seu uso de elementos como hambúrgueres se destacam.
Além disso, é típico da pop arte americana o
uso de recursos teatrais.
Além da própria utilização de elementos da
vida real às
pinturas, como, por exemplo, uma cama, eventos montados e
encenados por artistas, como os happenings, tornaram-se
extremamente presentes no panorama cultural americano.
A arte pop inglesa já apresenta um certo
romantismo evasivo, menos recursos dramáticos e impacto que a
americana.
Peter Blake, artista pop inglês, por exemplo,
imprime elementos nostálgicos à sua obra. Um bom exemplo de seu
trabalho pode ser dado por "Doutor K. Tortur", de 1965.
David Hockney, com sua irreverência, seus
"trocadilhos visuais", um certo
maneirismo e estilo próprio de lidar com as imagens populares,
também é um artista de destaque do período. "O Chape", no original "The
Splash", é uma boa amostra de sua produção.
Allen Jones e suas esculturas eróticas talvez
divirjam desse estilo mais romantizado que a arte pop assumiu na
Inglaterra.
Fora dos Estados Unidos e Inglaterra, temos
Oyvind Fahlström, na Suécia e Martyal Raysse, na França, como bons
expoentes desse estilo.
Há ainda um certo pessimismo na arte pop,
talvez personalizado por Wharol, com sua repetição de imagens banais e
crença na fama instantânea e passageira que todo homem pode vir a ter.
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