Definido por Norman Mailer como "uma rebelião tribal
contra a opressora civilização industrial" e, por outros, como
"violação, anarquia social, destruição moral, vandalismo puro e
simples", o Graffiti saiu do seu gueto - o metro - e das ruas para as
galerias e museus de arte, instalando-se em colecções privadas ou
cobrindo com seus rabiscos e signos os mais variados objectos de
consumo.
A primeira grande exposição de Graffiti foi realizada em 1975
no Artist`s Space, de Nova York, com apresentação de Peter Schjeldahl,
mas a consagração veio com a mostra New York/New Wave organizada por
Diego Cortez, em 1981, no PS 1, um do principais espaços de vanguarda
de Nova York. Pouco depois, Keith Haring e Jean Michel Basquiat, dois
grafitters do metro nova-iorquino, estavam presentes na Documenta de
Cassel.
Esta absorção do Graffiti pelo sistema de arte é condenada por
muitos. Tim Rollins diz que o Graffiti é uma arte radical ilegal.
"Radical porque, em sua maioria, os autores não são artistas e sua
vitalidade está na sua forma primitiva. É difícil aceitá-lo nas
paredes brancas de uma galeria. Ali ela se torna parte do mercado de
comodidades". Rollins garante que "nós queremos preencher uma lacuna
entre os artistas e a classe trabalhadora, dividimos um desejo de
reconstruir as relações raciais, ligando a arte às comunidades".
Antes
de chegar às galerias, o Graffiti é spray art (pixação de signos,
palavras ou frases de humor rápido) e em seguida stencil art:
o grafitter utiliza um cartão com formas recortadas que, ao receber o
jacto de spray, só deixa passar a tinta pelos orifícios determinados.
A primeira geração valoriza o desenho, a segunda a cor. Artistas mais
destacados no Brasil: Alex Valauri, Waldemar Zaidler e Matuck.
TOPO
|